27.6.08

QUEM ME DERA... Quem me dera
Poder em tela virgem
Pintar as cores da
Tua virgindade.
Quem me dera
Em tela nua
Pintar tua nudez
à luz pálida
da lua.
Quem me dera
em tela pura,
pintar meu amor
em toda sua loucura.
Quem me dera
com emoção
apagar você
do meu coração...
Quem me dera,
quem me dera,
se tudo isso fosse
só uma quimera

22.6.08

MIGALHAS Queria ser o pente, que alisa teus cabelos sedosos. A blusa que, carinhosamente, te agasalha os fartos seios. Os lençóis que vigiam teu sono e escondem teu corpo. A manta que te abraça e esquenta. Os sapatos que afagam teus pés. As luvas, que protegem suas mãos. Queria ser todo teu na longa estrada da vida, mas do seu tudo sou o nada, sou o escuro. Não sou passado, nem presente, nem futuro.

18.6.08

Minha jornalista preferida leu meu texto anterior e, suspirando, comentou que gostaria de ter também um texto dedicado a ela. Como os seus pedidos são ordens para este rabiscador, o poema a seguir é dedicado a você Thais.
FRAGMENTOS Falo-te de amor não me ouves. Procuro ver-te te escondes. Beijar-te os lábios quimeras! Sentir-te ao peito quisera. Sentir em mim tuas entranhas. Penetrar-te, loucura insana. Lamber-te as frenéticas mamas. Enlouquecer-te na lama. e velar teus sonhos na cama.

AVISO IMPORTANTE:

Se vocês quiserem ler uma linda declaração de amor procurem ler o blog PONTO E VIRGULA.

Tem link aqui no meu cantinho.

Vale a pena visitar.

12.6.08

Hoje, dia dos namorados e eu acompanhado da minha solidão. Resolvi então namorar meus textos eróticos que há muito não escrevo. Abri, li e num gestbo audacioso resolvi posta-lo em homenagem à minha querida Loba, poir nisso ele será editado em vermelho. Vamos ao texto: UMA NOITE DE PRAZER Mesmo sem que o sono viesse me alertar do avançado da hora, resolvi deitar-me e esperar na cama o momento certo de fechar os olhos e dormir. O corpo esgotava cansado mas a mente, ativa, teimava em se manter desperta. Meus pensamentos foram se canalizando para ela, imaginei senti seu frescor, sua vitalidade bem perto de mim, meus olhos começaram a ficar pesados, uma suave tontura se apoderava dos meus pensamentos, foi então que ela surgiu, vindo do nada e sem saber para onde. Ela apareceu ao lado da cama, pensei inicialmente que estava vestida com um vestido para momentos de muito rigor e luxuria, depois, firmando mais a visão, percebi que estava vestida, apenas com uma camisola costurada em finíssima e delicada seda, toda branca. As mangas, grandes e largas, quando abria os delicados braços, se transformavam, em tênues asas que poderiam, ao sabor do vento, leva-la aos pontos mais longínquos e distantes. Avancei meus braços e antes que uma lufada de vento me pudesse rouba-la, segurei-a e a trouxe para perto de mim. Ela sem qualquer resistência deixou-se vir e se aconchegou dentro de m eus braços. Seus lábios carnudos, sensuais se abriram e num gesto automático se juntaram aos meus. Aconteceu o primeiro dos milhares de beijos daquela noite. Seu peito num bale descompassado alternava subidas e descidas daqueles dois cerros rígidos e pontiagudos, que em ritmo frenético se apertavam de encontro ao meu peito. Suas mãos, delicadas, com os dedos longílineos e ligeiros, me proporcionavam um cafuné tão carinhoso e constante que eu me quedaria quieto pela eternidade se assim elas quisessem continuar. Arrepios de desejo subiam em desenfreada carreira ao longo de minha espinha. Me sentia febril mas desesperado em busca do prazer maior. Rasguei, em momento de desesperada agonia, a camisola de finíssima seda, arranquei, até com certa violência, todas as peças que teimavam em cobri aquele corpo maravilhoso, mais parecido com uma escultura viva, trabalhada por artista de divinal capacidade. Olhei a obra de arte que que se apresentava aos meusolhos, totalmente desnuda e sequiosa, sua pele antes aveludada estava agora totalmente arrepiada para aguçar mais ainda o meu desejo. Ela, soltou-se de meus braços e abraços, e com um suspiro prolongado, deitou-se suavemente ao meu lado, então num gesto sensual e decidido, puxou-me para seu lado, Deitei-me e coloquei minha cabeça em cima de seu ventre macio e aconchegante, o cafuné teve continuidade, um perfume agridoce começou tomar conta de minhas narinas, busquei a fonte daquele olor sublime e percebi que vinha de muito perto, pois ao procurar sua origem, tinha virado suavemente a cabeça e ficado apenas poucos centímetros do final de seu ventre e inicio de suas coxas, e o perfume que me entrava por todos os poros e me embriagava de volúpia e eu buscava cada vez mais o prazer sabendo que ela também procurava por ele. Levantei-me apenas o necessário para deslocar meu corpo para cima daquele corpo sequioso e tão logo ali me acomodei, senti que suas pernas se abriam e liberavam não só o perfume embriagador da mulher no cio, como também o caminho para que eu pudesse invadir aquela área já batizada por um compositor popular de “ catedral do amor “ , e foi o que fiz de imediato. O calor daqueles lábios inferiores, molhados, ungidos pelo sêmen do prazer me levaram à loucura total . Copulamos até não mais poder. Exangue, ao final daquele ato louco e desenfreado, cai prostrado por sobre os lençóis amarfanhados e dormi o sono dos justos. Pela manhã, acordei e ainda tonto de prazer busquei a minha divina companheira que na madrugada havia me dado tanto prazer, primeiro passei a mão pelo lado e senti apenas o lençol todo enrugado, olhei e não vi ninguém, parei de procurar e me indaguei sobre a veracidade dos meus sentimentos, foi quando percebi que tinha vivido um sonho adorável e inesquecível. O lençol amassado marcado por manchas daquela noite de amor, nuca mais será lavado pois será, para sempre, o relicário da minha mais louca noite de prazer.

10.6.08

BEIJOS ! Beijei teus lábios e me realizei... Beijei teus lábios com todo frenesi com todo fervor e prazer. Com profundo anseio demoradamente beijei teus seios e depois, freneticamente, beijei teu ventre ! Ainda não satisfeito novamente, num beijo ardente, beijei tua boca, mordi teus lábios, beijei tua língua, uma, duas, nem sei quantas, eram tantas... Mas eu beijei , me fartei. me desfiz mas te fiz e fui feliz.

7.6.08

DESALENTO Noite triste, tenebrosa. Eu sozinho, com a rosa, que te dei e você recusou. Bela rosa encarnada, perfumosa, aveludada, simplesmente rejeitada sem lembrar um só instante o amor representado,
no meu gesto tresloucado e simplesmente desprezado. Que pena! Meus áridos olhos não conseguem rorejar suas pétalas nacaradas, e perpetuar essa rosa vermelha, envergonhada, combalida, ressecada, de amor desamparada. Então, pasmo, meu ulo desesperado, corre o céu desestrelado e se perde na vastidão, dessa noite escuridão Calo o pranto entalado, guardo o amor desenganado, e sigo na solidão...

3.6.08

MEMORIA DE UM TORRESMINHO A PURURUCA Ano de 1968, eu e da. Cida, já havíamos nos mudado da casa de minha mãe e estávamos morando na Rua Maria Jose 27. A época era de vacas magras. Eu sem emprego e ela trabalhando pelos dois numa empresa de persianas na Rua Augusta. A grana era apertada, além do salário dela o que pingava era alguns expedientes que eu fazia, um ou outro cachê teatral e nada mais. Um dia, sem nada para fazer e ocupar o tempo, resolvi colocar meus atributos de “mestre cuca” para funcionar e consultando os bolsos percebi que tinha o suficiente para comprar uma barrigada de porco e preparar um pratarraço de torresmos (minha perdição até hoje). Decisão tomada fui em busca da matéria prima, comprei, levei para a casa, e comecei a preparar o quitute. Primeiro depilei a peça livrando-a de todos os pelos existentes, depois cortei a barrigada (estava linda e carnuda) em pequenos cubos e coloquei todos os pedacinhos em uma panela grande. Consultei o relógio, eram quase 17:00 horas, tempo suficiente para que o acepipe estivesse pronto para a hora do jantar. Acendi o fogo e coloquei a panela devidamente tampada sobre ele. Liguei a TV e comecei a assistir um programa qualquer. Lembro-me que a programação não estava conseguindo me entreter, fui até a cozinha, consultei a panela e vi que a banha começava a derreter. Decidi, então, ir ao encontro da minha amada que já deveria ter saído da empresa e, pelo adiantado da hora, deveria estar na altura da Major Diogo a caminho de casa. Consultei novamente a panela e, sai. De fato, encontrei da. Cida na Rua Major Diogo quase esquina com a Rua Dr. Ricardo Batista e fomos caminhando para casa. No caminho, resolvi parar no Bar Urupês e comprar duas cervejinhas que seriam o acompanhamento liquido dos torresmos. Parei, ainda, na Padaria 14 de Julho e comprei um pão de peito (pão italiano de forma redonda que os ”oriundi” fatiavam de encosto ao peito) e, por fim chegamos em casa, Nossa casa era um apartamento tipo sobrado. Subimos a escada e antes de concluir a subida, já sentimos um cheiro estranho no ar. Abrimos a porta da entrada e, credo. Uma fumaceira nos envolveu totalmente. Incêndio? Perigo? Nada me esclarecia. Decidido e heroicamente entrei e atravessei o longo corredor que levava à sala e depois à cozinha, a fumaça era cada vez mais densa e o cheiro (fedor para falar a verdade) era quase insuportável. Só ao adentrar a cozinha pude verificar que o fumacê tinha inicio na panela do torresmo. Apaguei o fogo, destampei a panela e... Decepção, um monte de pedaços de carvão ressequidos e esfumaçados estava grudado no fundo da panela. Conclui que o nosso jantar, tinha ido para a cucuia. Tudo por causa de um ato de carinho e cavalheirismo da minha parte. O pior foi que o mau cheiro impregnou-se nas paredes e opor um numero grande de dias nos fez lembrar enojados da ocorrência. Ah!Naquele dia o jantar foi pão italiano, uma salada de sardinhas de uma lata encontrada perdida no armário e cebolas que ainda existiam na geladeira. Tudo isso acompanhado de 2 cervejinhas geladérrimas. Torresmo que era bom, ficou na saudade!