22.9.08

Enfim, companheiros e companheiras deste universo virtual, estou voltando. O tempo vai acomodando as rotinas diárias e eu vou conseguindo surgir por detrás da nuvem que ausência provocou. Postar, hoje já postei. Prometo, agora, ler a todos os meus blogs favoritos com a maior brevidade possivel e, lógico, registrar meus comentários. PENSANDO ALTO A vida tem razões que a própria razão desconhece. Num momento qualquer você está pleno de felicidade. Sorri para todos e para tudo. Está tão satisfeito que nem consegue segurar essa alegria dentro do limite de sua alma. Quer contar a todos o motivo desse jubilo. Faz questão de só falar do assunto. Você, flutuando em um sonho azul, vê os raios de sol refletidos por uma centena de girassóis que no seu amarelo ouro, rebatem esses raios em sua direção. Eles te atingem de forma total e te aquecem a alma fazendo com que ela irradie, com força inusitada a sua alegria. Átimos de segundos depois, o céu da sua felicidade acumula nuvens escuras. A vida, sem qualquer aviso prévio, te lança novos empecilhos, não te permite gozar, de forma total e duradoura, a felicidade oferecida minutos antes. As nuvens agourentas, cumprindo os seus desígnios, forçam para fora de sua existência os motivos de jubilo, para, permitir que a tristeza e a preocupação se alojem mais uma vez na sua mais profunda intimidade. São vários os motivos apresentados para anuviar tua existência. Entre eles os mais significativos referem-se à saúde, à sobrevivência e, principalmente à consciência da razão. Saúde, sem mais nem menos, mostra-se ab alada e as noticias mão são nada alentadoras. Sobrevivência é outro motivo preocupante, precisas, além de cuidar da saúde cuidar de poder se manter e subsistir na fervura abrasadora do dia-a-dia. E, então, você desce do sonho dourado que te embalava a alma e mergulha no negrume da realidade. Percebe que o tempo passou, que por mais que deseje desfrutar dessa felicidade, ela lhe é negada por não haver possibilidade de levar junto contigo, para o poço sem fim o motivo de seu contentamento. A estrela guia que te surgiu com atraso. Enfim, já estavas habituado a conviver com teu próprio isolamento. Volta, então para ele e aguarda o fim, que sabes, não está tão longe. Procura, doravante, não pensar tão alto e não querer o impossível. Você sabe que é bem melhor assim.

12.9.08

Pequenos problemas estão impedindo a minha presença constante neste blog e em todos os blogs costumeiros. Espero que em breve eu possa retornar com toda a força (se é que velho tem força). Para não ficar ausente edito nesta data um rabisco criado ha muitos anos atrás. Seu tema é mordaz mas acho que ainda hoje é valido.
CONTRASTES , Nesta vida que é perfeita não tem nada a ser mudado. É como diz o ditado: Corcunda sabe como se deita Tem o rico tem o pobre, tem o branco, tem o preto tem o louco e o psicopata, a granfina e a mulata. Se o rico está feliz, se a alegria o assanha. Sabem o que ele diz ? "Tomemos uma champanha", mas se ele está tristonho, se a dor o atormenta, não se assustem camaradas , na champanha também entra. Com o pobre sem favor, pouca diferença se acha, pois na alegria e na dor; o seu consolo é cachaça; Toda mocinha solteira, custa achar um moço "crente", toda viuva ricaça, tem sempre mil pretendentes. Com o homem sem temor; podemos assegurar, todo velhote ricaço, tem um broto p'ra gastar.

4.9.08

MEU PRIMEIRO CONTACTO COM A INFORMÁTICA Neste mundo de hoje quem não souber um pouco que seja de informática está no mato sem cachorro. Como poderíamos escrever para um site maravilhoso como este, contar nossos “causos”, lermos uns aos outros, sem conhecer informatiquês? O homem de hoje está bem mais dependente das máquinas e das tecnologias modernas. Eu, hoje, até que me viro bem na informática, mas o começo foi triste. Se não vejamos: Por volta de 1970, eu em total pindaíba, desempregado, ganhando míseros cachês com a participação em espetáculo infantil no Teatro Bela Vista, tinha que fazer das tripas coração para por comida em casa onde, além da minha boca, existiam as bocas de minha esposa e de minha filha Renata. Eis que, senão, quando, atendendo a um recrutamento feito por anuncio classificado eu participo de uma entrevista numa construtora estabelecida na Rua Augusta, ao lado da Galeria Ouro Fino, que ficava no quarteirão compreendido pelas Ruas Matias Aires e Antonio Carlos, a Construtora Reitzfeld Ltda., na entrevista com o titular da empresa, Dr. Leon Reitzfeld, sou informado que a firma está com duas obras em andamento, dois prédios residenciais nos Jardins, financiados pelo antigo BNH e, com a contabilidade atrasada, estava encontrando dificuldades para liberar o dinheiro junto aos financiadores para tocar a obra. Ciente e, além de tudo, necessitado, fiz minha autopromoção, garantindo que faria todos os esforços possíveis e imagináveis para colocar os assentamentos em dia e atender as exigências do BNH, usando, inclusive, a vasta experiência (nem tanta na verdade) que tinha sobre a matéria. O Dr. Leon não teve mais duvidas me contratou dizendo que esperava muito da minha atuação. Era uma empresa de pequeno porte administrativo, no escritório além dele e do filho, naquela altura estagiário de engenharia, trabalhavam apenas uma secretária e um auxiliar tipo faz tudo. Com minha admissão o atendimento de todos os fornecedores, fiscais e clientes, passavam a ser de minha responsabilidade além do trabalho manual de análise, classificação e contabilização dos atos e fatos administrativo-financeiros da organização que estavam devidamente “arquivados” em várias caixas de papelão, sem obedecerem qualquer critério de data, origem e aplicação. O único critério desse “arquivamento” era o de “onde caiu tá guardado”. Como afirmei no principio, necessitado, nem pensei em promover criticas, coloquei a mão na massa e iniciei meu trabalho. Num belo dia, a secretária me avisa que um representante da firma xxsxsxxss (?) que ela não sabia ao certo o que era e que já havia me procurado sem ser atendido por diversas vezes, estava no hall e pedia para que eu o recebesse. Pedi que ela aguardasse uns minutinhos para que eu desse uma ordem em minha mesa e o encaminhasse até minha sala. O que ela fez prontamente. Há dias, que um homem, por mais que trabalhe, não deveria sair de casa. Esse dia era do coitado que me solicitava audiência. O desinfeliz era vendedor, estava tentando vender microcomputadores (novidade para a época), e, coitado, assim que foi admitido na minha sala, disse em alto e bom som: - O senhor já pensou em substituir o seu contador por um equipamento que só precisa ser ligado para fazer todo o trabalho contábil? Essas palavras caíram como oleo fervente na minha cabeça. Em fração de segundos um filme sobre todas as minhas necessidades financeiras e familiares passou diante dos meus olhos e, mostrando certo nervosismo, com a voz alterada para cima, só tive condições de dizer ao sacripantas: - Não pensei, não penso e nem vou pensar. E sabe o que mais? Ponha-se daqui para fora neste exato minuto que não tenho tempo a perder com pessoas da sua estirpe. Fui falando e empurrando o coitado para fora da minha sala e da empresa. Só voltei para a sala depois da certeza que ele ganhara a Rua e desaparecera do meu raio de visão. Depois, então, sentei, enxuguei o suor que brotara em minha testa, aguardei o tremor de minhas mãos ceder e voltei a trabalhar. Esta foi minha primeira e malfadada experiência na área da informática. O vendedor, bem, acho que até hoje ele se pergunta o que fez de errado.