20.9.09

AVENTURA SENSUAL

Seria sonho? Ele se perguntava enquanto ultimava os preparativos para sua saída.

Lembrou-se que o encontro que deveria acontecer em algumas horas havia surgido inesperadamente, ou melhor, quase inesperadamente.

É certo que ele já olhava aquela pessoa com muito interesse há algum tempo, admirava a suavidade com que ela pisava o piso do corredor que levava ao hall dos elevadores do prédio onde ambos exerciam suas profissões. Ele como advogado especialista em causas tributárias e fiscais e, ela como secretária.

Seus passos por sobre uns saltos altos (será que seriam 7,5 cm?) eram macios como se fora ela um felino em busca da caça. Ao mesmo tempo eram os passos decididos de alguém que sabe o que quer e vai atrás.

Seu corpo tinha curvas bem delineadas. Seios fartos forçavam, na maioria das vezes, os suéteres que usava tentando, quem sabe, furá-los e ganhar a liberdade para serem verdadeiramente admirados.

A cintura, com medidas ideais, acomodava com perfeição os cintos largos ou estreitos que, supostamente, serviam para sustentar as saias que escondiam uma boa (ou seria ótima?) parte daquele corpo escultural

Toda vez que o acaso proporcionava um encontro no corredor ou no hall, ele se agitava todo, sentia as pernas tremerem, a boca ficar seca e uma pequena taquicardia o atacava fazendo seu coração quase saltar pela boca.

Depois de vários encontros ocasionais, ambos já se cumprimentavam com cordialidade. Primeiro fora apenas um pequeno balançar das cabeças seguido por um quase murmurado “bom dia” ou “boa tarde” depois, com o passar dos dias os cumprimentos já haviam se alongado para um “como vai?”, “até amanhã”, “bom fim de semana” etc.

Certo dia, no elevador, quando este subia, lá estavam os dois e ele, admirando a escultura notou que a etiqueta da sai estava para fora do cós. Tomado de uma enorme coragem disse:

- “com licença, mas, sem querer eu percebi que a etiqueta de sua saia está para fora”.

Ela imediatamente agradeceu. Daquele momento em diante a troca de palavras passou a ser mais assídua. Os papos aumentaram de tamanho e de constância.

Depois de estabelecido a cordialidade veio o primeiro convite, por parte dele, para um cafezinho. Vários cafezinhos depois, o convite para um almoço informal.

Ela aceitava, de pronto, a todos os convites que dele partiam, dando-lhe, assim, a certeza de que estava agradando e obrigando-o a se insinuar, cada vez mais.

Enfim, chegou o dia do convite para um jantar mais formal. Convite feito e imediatamente aceito, lá se foi o casal para um dos restaurantes mais sofisticados da cidade. Jantaram ao som de um trio de cordas (um dos músicos era o violinista Spalla, da Sinfônica Municipal) que executava músicas suaves e muito românticas. Beberam vinho e, depois do jantar, surgiu o convite para esticarem a noite em uma casa noturna.

Ela aceitou e eles seguiram para lá. Dançaram, sempre com os corpos coladinhos.

Ele, um pouco mais atrevido, começou a sussurrar palavras românticas aos ouvidos dela e percebeu que ela não só aceitava as palavras como se emocionava com elas.

Homem ativo e bem disposto, lógico, sentiu que seu corpo era dominado por um calor fortíssimo, que subia por toda sua espinha e estourava em bolhas coloridas no cérebro. Reconheceu, de imediato, o enorme desejo que se aflorava. Mas, homem experiente em aventuras e não pretendendo assustar a companheira na primeira investida noturna, usou de todas as artimanhas possíveis e imagináveis para reprimir o tesão, sem estragar a noitada. Conseguiu!

Outras saídas aconteceram e novamente ele inibiu seu desejo. Percebeu, porém, que ela também se animava a cada nova saída. Sentia a pele dela se arrepiar quando a beijava com sofreguidão.

Sentia que ela, a cada beijo seu, se aninhava mais ainda em seus braços, colava mais ainda seu corpo ao dele na busca de sentir aquele membro cada vez mais entumecido.

Um dia em que os desejos estavam muito mais aflorados, chegou a sentir certo tremor em todo corpo dela, como se ela, sem aguentar mais os impositivos da sua delicada postura, chegara ao gozo.

Com sutil abordagem, comentou com ela sua vontade de avançar no relacionamento. Seu enorme desejo de possuí-la.

Ela, por sua vez, também declarou não mais aguentar-se de desejos. Então, vontades declaradas, combinaram que na noite seguinte, iriam se encontrar e rumariam para um Motel, onde dariam vazão aos instintos carnais que lhes invadiam as entranhas.

Foi assim, embalado nesses pensamentos que ele terminou de se arrumar. Saiu em busca da presa que hoje, sem duvida, seria toda sua.

Encontram-se, beijaram-se e, depois, rumaram para o Motel pré escolhido.

Já na suíte, ele iniciou um ritual preliminar. Depois de beijá-la novamente por várias vezes, derrubou-a sobre a cama e começou a despi-la.

Tirou-lhe a blusa, colocando à mostra um sutiã ousado que tentava, a muito custo, segurar aquele par de seios maravilhosos, totalmente eriçados e com os mamilos totalmente excitados. Desceu para a saia que ela já havia iniciado a tirar e a puxou de um só movimento. A visão daquelas pernas encimadas por uma calcinha quase imperceptível de tão minúscula.

Não querendo perder mais tempo arrancou, de forma brusca e rápida, as roupas que ainda estavam sobre seu corpo jogando-as amontoadas aos pés da cama.

Admirou mais uma vez aquele corpo lindo antes de deitar-se. Deitou. Com suavidade e muito carinho, sacou dela o sutiã e a calcinha e, simultaneamente, recomeçou a beijá-la sofregamente.

Seus lábios, primeiro, buscaram os lábios dela, beijou-os e ela os entreabriu. Suas línguas se encontraram e enroladas misturaram saliva e humores.

Ela já sentia o sumo de seu desejo molhar suas entranhas e se espalhar por sua genitália. Ele, membro enrijecido, não segurava mais sua ânsia.

Seus beijos abandonaram os lábios dela e em movimentos carinhosos foram baixando e acarinhando campos outros que não a boca. Beijou sequiosamente sua nuca, seu colo. Sofregamente beijou seus seios e com sede impossível beijou seus mamilos róseos.

Baixando mais, beijou com carinho seu umbigo e, no auge do desejo,foi buscar a catedral do amor, cantada em prosa e verso, por compositores e poetas.

Ajeitando-se ao longo da cama buscou dar um beijo nos lábios carnudos que latejavam por amor, aproximou seus lábios daquela vulva tão desejada e, então...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Uma enorme gargalhada foi solta pela fêmea que ele já considerava totalmente abatida.

Novamente tentou e novamente ela gargalhou desregradamente. Desta vez, porém, junto com a gargalhada veio uma desculpa:

- Ai, amor... Assim não... Eu morro de cócegas...

Foi o ponto final daquela sensual aventura...O enrijecido membro caiu por terra, o prazer tão procurado foi deixado de lado e a cena transformou-se numa pantomima repleta de histrionismo.

Os dois, então, engasgados de tanto rir, resolveram atacar os quitutes oferecidos pelo cardápio do Motel, beber um champanhe gelado e, dar um tempo para o amor selvagem que pretendiam praticar.

Outros dias viriam, outros desejos seriam praticados, mas beijos coceguentos, com certeza não mais seriam praticados.

9.9.09

Amigos, o texto a seguir foi encontrado no meu baú de velharias. Eu o escrevi há muito tempo atrás e ele foi o prototipo do meu conto "ENFIM SÓS". Ele é um tanto adultero e um pouco mais adulto. Sei que ao publica-lo me exponho às criticas e broncas dos meus fiéis leitores. Julguem-me pois........
AMOR INTERNÉTICO
A vida nos oferece situações que, certamente, não poderíamos imaginar em sã consciência.
Este relato e uma prova inconteste da afirmativa acima.
Jamil e Dália, dois seres que nunca havia se entreolhado, ele bancário, aposentado, vivendo mal e endividado, numa cidade interiorana de Santa Catarina, ela mulher nova, exuberante, cheia de vida, saída de um tumultuado relacionamento amoroso, vivendo em terras acreanas.
Entre eles, apenas e simplesmente, dois computadores e a Internet!
Se conhecem casualmente quando ele sem nada para fazer e devidamente conectado visita um blog que, nem sabe como, lhe fora recomendado.
Leu o que ali tinhá sido escrito por ela que no blog tinha o nick de Daliatelá, e o que leu lhe emocionou bastante.
Ela, como se estivesse à frente de um confessionário, escrevia nos textos suas amarguras e decepções com o relacionamento terminado, suas ânsias e desejos, seus sonhos e ilusões.
Ele leu a tudo e escreveu vários comentários, elogios, sugestões e arriscou, inclusive, alguns conselhos.
Dos comentários até a troca de mensagens e, depois, os papos no MSN foi
só questão de tempo.
Jamil há muito sem ter como ocupar seu coração estava sentindo-se totalmente acarinhado e feliz. Dália, com as atenções recebidas daquele estranho em momento tão fragilizado de sua existência, vibrava com as palavras amorosas e os conselhos despretensiosos por ele registrados.
Os papos cada dia iam se aprofundando e os temas, em função das necessidades e carências de ambos foram cada vez mais se apimentando.
Não fosse a enorme distancia física que os separava, e eles já se tinham entrelaçado num longo e sugestivo abraço, acompanhado de beijos ardentes e sequiosos.
O envolvimento era tal que, em algumas ocasiões o papo no msn, sempre com a cam ligada, foi tão ardente que ambos conseguiram chegar ao orgasmo sem que nenhum toque houvesse acontecido.
Era a fome unida à vontade de comer.
Ambos estavam ligados por uma forte afinidade afetiva e, sequiosos, maquinavam a forma melhor de se encontrarem ao vivo e à cores.
Era uma possibilidade muito remota, ele vivendo sob a rigidez de suas receitas financeiras, ela recomeçando uma vida que fora interrompida por uma experiência desagradável, sem qualquer condição de dispor de uma folga financeira para o arroubo tão desejado.
As coisas estavam cada vês mais impossíveis de serem suportadas quando, por uma ajuda divina Jamil, jogando no bicho, acerta a milhar na cabeça e recebe mais de R$ 30, 000,00 como pagamento de sua aposta.
Não faz qualquer aviso ou comentário, compra a passagem aérea e embarca imediatamente para na cidade onde reside sua amada Dália.
Lá chegando, se hospeda no melhor e mais luxuoso Hotel, em uma suíte muito bem decorada e, devidamente instalada, banho tomado, perfume aplicado vai ao telefone e faz uma ligação para ela.
Depois dos primeiros arrulhos, conta a novidade e diz que a está esperando ansiosamente.
Dália mal desliga o telefone corre a sem arrumar e sai desesperada, para buscar abrigo nos braços daquele homem que tanto a alucinava.
No quarto Jamil, depois de dar uma bicada na bebida que preparara, enquanto aguardava começou a divagar: Como será a reação dela quando e me ver? Será que vai se assustar ou cair na real e ver que não sou aquilo que ela esperava? Será que vou dar no coro? Devo tomar o comprimido que meu urologista recomendou agora ou mais tarde? Agora não, ele me falou que só devo tomar o comprimido quando estiver com a parceira, ele só fará efeito se o estimulo se fizer presente. Será que ela vai demorar? Não seria melhor eu mandar fechar a conta e ir embora antes de me decepcionar?
Nisso o telefone toca e da recepção avisam que a Sra. Dália está lhe procurando. Jamil limpa a garganta e pede para que eles a encaminhem à sua suíte.
Olha mais uma vez para o espelho, ajeita o pouco cabelo que ainda lhe resta na cabeça, esfrega as mãos para disfarçar a ansiedade, percebe que as pernas estão tremulas, quando batem à porta.
Corre a abri-la, abre e depara com uma visão pra lá de agradável.
À sua frente esta uma mulher linda, radiante, risonha que disfarçando a emoção lhe diz: - Olá! Tudo bem?
Jamil nem responde, imediatamente abre os braços e percebe que entre eles Dália se aninha e retribui o imenso e emocionado abraço. Seus olhares se cruzam e seus lábios se encontram, num beijo ardente e abrasador suas línguas se entrelaçam, suas salivas se misturam, o feromônio espargido envolve o ambiente, os desejos gritam alto, os dois abraçados, foram escorregando num baile sensual e caíram em cima do leito.
Jamil, quase sem fôlego levanta-se parcialmente e começa a tirar o vestido de Dália, era um vestido bastante decotado, com alças, que permitiam uma visão panorâmica do seu colo sedoso e amorenado pelas caricias do sol, e do seu busto exuberante e farto. Assim que liberou a parte de cima do vestido, Jamil percebeu a marca mais clara que contorna aqueles seios, formando um sutiã invisível delineado por banhos de sol constantes.
Dália, de olhos fechados, saboreava aqueles momentos que pronunciavam delicias quase que imediatas e percebeu quando Jamil, de olhos vidrados de desejo aproximou sua boca daqueles mamilos róseos e projetando seus seios para frente encostou-os na boca de Jamil que, entreaberta recebeu-os e começou a beija-los com sofreguidão.
O resto do vestido quase foi rasgado tal era o desespero do casal em se despir e sentir, pele com pele, a descarga de desejos que os inflamava.
Desvencilhados das roupas, as caricias preambulares tomaram conta do ambiente, Dália gemia de tanto prazer, aliás, seus gemidos nem pareciam gemidos, aos ouvidos de Jamil eram arrulhos amorosos e, ainda preso nas suas volúpias, continuava a beijar aquele corpo que povoava sua imaginação há tanto tempo. Beijou-lhe a boca, o pescoço, os seios e seus mamilos, nesta altura tesos e arrepiados, beijou-lhe o ventre que arfava descompassado, e mais abaixo, beijou-lhe toda zona genital, naquela altura, completamente molhada, lubrificada no aguardo do momento maior.
Jamil, cônscio, buscava prolongar as preliminares para extrair da relação todo o prazer possível.
Dália, até então subjugada aos arroubos do amado, tomada de súbito arrebatamento, muda de posição com o parceiro e, de forma definitiva, começa a lhe aplicar o mesmo tratamento que até então tinha sido a receptora.
Faminta, também lhe beijou os lábios, o peito, e sôfrega, mas consciente, abocanhou o falo que se apresentava teso e vibrante, beijou-o com carinho, chupou-o com veemência e técnica que nem sabia conhecer.
Jamil, submisso aceitava as caricias e se deliciava. Há muito tempo não se sentia tão plenamente macho numa relação amorosa. Era agente ativo e passivo com toda a plenitude do momento.
O casal passou a se beijar mutuamente num sexo oral mais enlouquecido possível. Jamil tentou evitar o epílogo, mas, sentido que Dália chegava ao orgasmo, motivada por sua língua que vibrava incessantemente sobre o seu clitóris, não mais prendeu o gozo que em jatos foi se chocar ao rosto de Dália que, recebeu e se deliciou com aquele leite cálido e pegajoso.
Foi um orgasmo abrasador e definitivo.
O casal permaneceu quieto por alguns segundos, buscando, na respiração compassada, readquirir o fôlego que no momento anterior por pouco não lhes faltara por completo.
Deitados e parcialmente exauridos, abraçaram-se, beijaram-se, e resolveram dar continuidade ao ato, agora buscando no sexo usual, uma penetração eficiente e um novo arrebatamento.
Tinham certeza, tanto Jamil como Dália, que a união iniciada lá atrás num bate papo na internet teria continuidade, se possível dali para frente, independente de todos os obstáculos e empecilhos que viessem acontecer.
Assim, chegaram mais uma vez ao gozo e, totalmente exaustos deixaram-se abater num sono tranqüilo e recuperador.
Outros dias e outras noites viriam dali para sempre...