26.10.09

VITORIA

(Definições obtidas no Dicionário Aulete) vitória1 (vi.tó.ri:a) sf.
1 Ação ou resultado de vencer um adversário ou inimigo.
2 P.ext. Qualquer tipo de conquista ou êxito em uma empreitada.
3 Qualquer sucesso, êxito ou vantagem que se obtenha: "Esta dupla vitória foi o momento máximo da vida do médico." (Machado de Assis, Helena)
4 P.ext. Estátua que representa a vitória. [F.: Do lat. victorìa,ae. Ant. ger.: derrota. Hom./Par.: vitória (sf.), vitoria (fl. de vitoriar).]
Cantar vitória (É O QUE ESTOU FAZENDO AGORA)
1 Apregoar a própria vitória, vangloriando-se. Vitória de Pirro
1 Vitória que custa ao vencedor sacrifício ou perda quase tão grandes quanto os do vencido.
vitória2 (vi.tó. ri:a) sf.
1 Carruagem de quatro rodas, para dois passageiros, com cobertura dobrável e boleia, puxada por cavalos: "Centenares de vitórias descem, sobem rapidamente, com trote discreto e alegre..." (Eça de Queirós, O primo Basilio.) sf.
2 Bot. Gên.(Victoria) de grandes plantas aquáticas, da fam. das ninfeáceas, entre elas a vitória-régia,com grandes folhas expandidas, enormes flores branco.róseas que se abrem em várias noites sucessivas e sementes comestíveis [F.: Do ing. victoria] Amigos,
tudo isso aí em cima é para apregoar a minha vitoria no Concurso de Textos para o 1º. Encontro Nacional de Blogueiros, que será realizado em dias 12 e 13 de Dezembro em São Francisco do Sul – Santa Catarina – BRASIL.
Minha alegria é dupla, pois o segundo lugar do Concurso foi abiscoitado pela Soninha (Roda de Prosa) que além de ser o meu grande amor é autora e blogueira por força da minha enorme insistência (desde o princípio sempre disse que ela era uma autora excelente, s[o não tinha confiança nela mesmo).
Espero que todos os meus amigos e seguidores possam ir a este encontro, pois, minha felicidade seria completa quando pudesse abraçar a todos e conhecer a cada um deles pessoalmente.
As informações e detalhes sobre inscrições poderão ser obtidas no blog do Betho http://bethosides.blogspot.com/
VAMOS LÁ MINHA GENTE, QUERO ABRAÇAR A TODOS!

22.10.09

PESCARIA MAL SUCEDIDA

Final dos anos 40, a molecagem era minha principal atividade. Era praticada na Rua Augusta onde eu morava e nas imediações, diga-se de passagem, que eram definidas muito além de minha residência.

Na Augusta, mesmo diante das traquinagens, eu tinha a mão do velho Ministrinho, outrora grande craque do Palmeiras e da Itália, agora simples sapateiro, alisando minha cabeça de moleque.

Um dia, estava eu na casa do amigo-irmão Zilando, na Rua Marques de Paranaguá, quando surgiu a idéia de promover uma pescaria. Onde? No laguinho que ficava na Praça Buenos Aires (hoje Parque Buenos Aires) nas imediações da Avenida Angélica e da Rua Maranhão, próximo do Estádio Municipal do Pacaembu.

As carpas coloridas que lá nadavam não seriam nossos alvos, nosso alvo de pesca seria as centenas de alevinos que por ali nadavam. Queríamos obter alguns exemplares vivos para tentar completar sua criação em casa.

Idéia aprovada nos armamos com latas de óleo devidamente furadas que substituiriam as peneiras e de vidros para acondicionamento dos exemplares pescados e saímos em expedição até o local de nossa pescaria.

Lá chegando, assuntamos as redondezas tentando localizar o vigilante da praça sem encontrá-lo ficamos mais tranquilos e partimos para nossa missão.

Estávamos em plena atividade, alguns alevinos já nadavam nos vidros quando um longo e estridente apito foi ouvido. Esse apito foi seguido de um brado rancoroso que dizia “espara lá moleques, que eu já os pego”.

Que esperar que nada, saímos em desabalada carreira, atravessamos a Avenida Angélica, alcançamos a Rua Itambé, entramos por trás do Mackenzie, e alcançamos a parte florestal daquele instituto de ensino onde, claro, tínhamos nossa casa em cima de uma arvore.

Começamos a subir na arvore, mas os deuses do dia não eram nossos aliados.

O caseiro do Mackenzie, que já havia nos prometido uma lição, nos surpreendeu munido com uma espingarda e dando tiros de sal.

Não me acertou nenhum tiro, nem o Zilando foi ferido, mas o susto dobrado quase nos fez sujar as calças (na época ainda curtas).

Correndo ainda, saímos pela “passagem secreta” para a Rua da Consolação e só paramos de correr, esbaforidos e muito suados, dentro da casa do Zilando.

Os peixes e todos os apetrechos? Foram jogados de lado assim que começamos nossa fuga.

Outra tentativa?

Não, decididamente eramos moleques, mas não éramos burros.

12.10.09

UMA NOITE MEMORÁVEL

A noite havia sido excelente.

Eles tinham se encontrado por volta de 20:00 h, depois de muito bem produzidos, roupas novas, ele até tinha brincado consigo mesmo dizendo-se vestido com roupas de domingo. Ela, por sua vez, depois de ter feito as unhas das mãos e dos pés, de ter-se hidratado com o creme de sua preferência, vestira um terninho que lhe caia muito bem. Ambos estavam de bem com a vida. Depois dos beijinhos de recepção, foram em direção ao centro. Guardaram o carro em um estacionamento próximo do teatro e, decididos, foram em busca do entretenimento que haviam escolhido para iniciar a noite, entraram e acomodaram-se nas poltronas que lhes haviam sido designadas e aguardaram o inicio do espetáculo. Haviam escolhido uma comedia e, de fato, riram bastante com as situações cômicas que a comédia lhes apresentara. Saíram do teatro leves e muito mais bem humorados. Como planejado, foram em direção ao restaurante escolhido. Lá chegando, foram encaminhados pelo Maitre à mesa reservada com antecedência. Aceitaram a taça do champanhe que lhes foi oferecida pelo garçom e iniciaram a consulta do Cardápio para escolherem o prato que melhor lhes aprouvesse. Ele, amante de pratos bem temperados optou por um “Filet au Poivre” – para atiçar o apetite dos leitores, lembro que esse prato é composto por um medalhão de filé mignom que coberto por todos os lados com pimenta do reino em grãos amassados, é frito em frigideira com uma mistura de manteiga e azeite, depois de frito, o filé é coberto por um molho à base de conhaque e creme de leite e acompanhado por uma salada verde - recomendando, inclusive que o filé viesse malpassado. Ela de paladar mais delicado preferiu optar por escalopinhos de filé ao molho madeira acompanhados por um arroz com passas. A bebida ao jantar foi vinho e o escolhido foi um Santa Helena – Cabernet Sauvignon safra 2006. A sobremesa foi sorvete de creme com cobertura de chocolate meio amargo quente. Depois de degustarem um cafezinho e pagar a conta , saíram em busca de outras aventuras. Embarcaram no carro que lhes trouxe o manobrista e, sem mais delongas, partiram em busca de um motel famoso e muito luxuoso, ali escolheram uma suíte e entraram. Beijos iniciais, carinhos mais ousados, roupas quase que arrancadas e, enfim, abraçados se deitam. Foi aí que as coisas começaram a acontecer fora das previsões. A pimenta do reino deu sinais de não ter sido muito bem aceita pelo estomago dele. A acidez surgiu e ele acusou de imediato. Não era nenhum caso demasiadamente preocupante, mas aquela azia fazendo turismo de elevador no seu esôfago não permitia a manutenção de um clima frenético e, muito menos amoroso. Ele buscou ajuda, ao telefone, solicitou um sal efervescente e uma água tônica que de imediato foram servidos e por ele tomados. Deitados, aguardando a melhora dele, ficaram os dois abraçadinhos a conversar. A melhora foi se acentuando e ele se animando. Parece que agora não mais teriam atrapalhados os planos eróticos. Ele foi se animando, sussurrando palavras amorosas, sugerindo carinhos mais ousados e, de repente, olhou para ela que aninhada em seus braços, permanecia calada e de olhos fechados. Não querendo acreditar no que viu, ele, com voz mais áspera pergunta: -Você está dormindo? Ela meia assustada e ainda sonolenta responde de pronto: -Não amor, estava apenas descansando os olhos! Pronto, novamente os ânimos se arrefeceram. Ele analisando a situação e a resposta recebida começa a soltar uma risadinha que, rapidamente, se transforma em sonora gargalhada. Ela também, percebendo o ridículo de sua resposta, não teve dúvidas, começou também a gargalhar. Nesse clima, nada mais havia de ficar romântico ou sensual. Tudo que estava se preparando para uma noite de muito clímax caiu por terra, ficando sem condições de se reerguer. O remédio, depois de serenadas as gargalhadas, foi virar para o lado e dormir o sono dos justos.

De manhã, se nada viesse a atrapalhar, eles correriam atrás do prejuízo.

6.10.09

POR QUE É TÃO IMPORTANTE?
Depois de idas e vindas, de acessos e retrocessos, de decisões e indecisões, resolvi entrar de cabeça no concurso de textos do blog do Betho e confessar “por que para mim é importante participar do 1º. Encontro Nacional de Blogueiros”.
Decisão tomada, sentei-me à frente do meu laptop, abri o Word, configurei a página, balancei os dedos para ativar o sangue e destravar as juntas, respirei fundo e...
Nada digitei, a mente travou, a testa começou a fazer transparecer gotículas de um suor frio e indesejável, sinal de que as coisas não estavam caminhando muito bem.
Ao me inscrever, pensei que seria a coisa mais fácil do mundo justificar a importância de meu comparecimento a esse evento e, agora, as várias justificativas por mim ponderadas anteriormente, pareciam frágeis e inconvenientes.
Pensando melhor, não seria importante, para mim confessar que, blogueiro antigo, dos tempos do Super Diário, eu me considerava merecedor dessa oportunidade.
Dizer da importância de poder conhecer e abraçar vários amigos virtuais, com quem, por anos e anos, eu teclei, li e fui lido, comentei textos e tive textos comentados, era absolutamente piegas e não valeria à pena ser declarada no texto.
Na verdade, eu não gostaria de declarar aos quatro ventos que estava louco por poder abraçar a cada um dos felizardos interneteiros que estará participando da festa.
Não me agradaria confessar que a oportunidade de conversar com cada um dos amigos, até então virtuais, seria de importância vital, nem que meus ouvidos gostariam de ouvir a melodiosa concordância das palavras ditas por tais companheiros, coisa que eu sei, seria maravilhosa.
Na verdade mesmo, eu não saberia justificar a verdadeira importância da minha participação nesse concurso.
Somente sei que, se pudesse explicar com palavras, em um texto completo e com nexo, eu poderia, realmente, participar desse concurso com verdadeira possibilidade de faturar o prêmio e poder me realizar de verdade.
Mas, sou apenas um simples escrevedor de rabiscos e ledor de textos maravilhosos nos diversos blogs que acompanho.
Vou continuar a treinar no meu cantinho de rabiscos e, quando me considerar apto, tentarei, quem sabe, participar de um outro concurso e, possivelmente ganhar tão almejado prêmio.
Paciência!