O BAILE
Antes a valsa
Alegre rodada,
Ligeira, marcada
Íamos os dois
A rodopiar.
Ouvidos alertas
Os corpos eretos,
Os pés mui atentos
Corações palpitantes
E a valsa a tocar.
Acordes finais,
A valsa acabou.
Pares desfeitos
Olhares refeitos
Posturas,
Mesuras
Todos perfeitos
Num canto afastado
Olhar estudado
Instinto aguçado
Me sinto enlevado
Te olho
Me olhas,
Sorrio
Sorris.
Te chamo
Tu vens.
Recomeça a musica
Reconheço o ritmo
Nada mais sugestivo
Bolero.
Quiçás, quiçás, quiçás...
Te enlaço e
Bailamos,
Aos sonhos nos entregamos
Quiçás, quiçás, jamais!
Te beijo,
Me beijas.
os olhares se cruzam,
os lábios unidos
não podem falar.
As mãos aloucadas
Em busca frenética,
Te apalpam,
Me apalpam,
Com força,
Sem meta,
Instintos acesos,
Voamos com as pernas
Corremos com afã,
Buscamos a alcova,
Dos nossos delírios
Dos nossos desejos
Te dispo,
Me dispo,
Te abraço,
Me abraças,
Sinto teu peito arfar,
Vejo teus seios
Subirem e descerem
No ritmo de tua respiração.
Minhas mãos percorrem,
Sem rumo ou nexo
Teu corpo, tuas pernas.
E então fazemos amor,
Nos consagramos ao sexo.
Depois,
extenuados,
Num abraço apertado,
Dormimos apaixonados.
A valsa despertou os sentidos que o bolero consagrou, num ritmo mais de paixão! Mas, tudo foi "gerado" na dança!!! Dancemos e amemos, pois!
ResponderExcluirBeijos agora para o "pé-de-valsa" ( e de bolero...).
Dora
Já havia lido no livro e volstei a ler aqui com o mesmo prazer de acompanhar esse balanço que o texto sugere. Meu abraço.
ResponderExcluirAmei! Um verdadeiro baile de emoções, poesia e paixão! Beijos, Miguelito!
ResponderExcluirVoltei pra desabafar, e dizer que a janela de comentários da poesia acima, nao aparece... Humpft! Bjos
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