31.7.08

Hoje vou postar um texto que eu gostaria de classifiar como "humorótico". Se tal classificação não existe ainda, fica agóra instituida. QUE DIA.... Ela chegou em casa em frangalhos. Suada, cansada, mal humorada, quase totalmente desesperada. Tinha chegado à conclusão que não deveria ter saído aquela tarde. O sol estava realmente causticante, dentro do carro, presa no congestionamento com os vidros fechados por segurança ou medo a situação ficava mais constrangedora. A sede era torturante, mas, abrir os vidros do carro e comprar uma garrafinha d’água que estava sendo vendida por moleques que percorriam o leito carroçável da rua, entre os veículos parados, era um risco que não pretendia correr. O radio estava desligado, por medida de economia, ainda não havia mandado fazer o reparo que se fazia necessário. Nessa angustiante situação, lançou o olhar para a calçada onde um turbilhão de pessoas caminhava, apressada ou não, no cotidiano da vida. Ah não! Será que seus olhos já estavam vendo miragens produzidas pelo cérebro esgotado? Firmou mais o olhar e concluiu que não era miragem. Na calçada, andando no passo calmo e largo que lhe era peculiar ia passando o Vavá seu mais recente “namorido”. Ia ele todo faceiro, levando apoiada no se antebraço, uma morena monumental. Mordida pela inveja, ela conseguiu, apenas num relance, descobrir uma série infindável de defeitos na moça. Os lábios carnudos devam ter sido delineados com “botox”, aqueles olhos verdes claríssimos eram, com certeza, lentas de contacto de péssima qualidade, o corpo deveria ter sido moldado por algum cirurgião plástico com o auxilio de “silicone barato”. Claro o Vavá merecia aquele traste depois de abandonado-la sozinha e desamparada depois daquela briguinha inocente em que ela num momento de fúria injustificável, havia lhe cravado as unhas. O ciúme tinha sido o culpado, justificou-se. Depois de abrir as janelas, ligar o ventilador na velocidade máxima deu ração para o Matrix (seu cãozinho de estimação), entrou numa ducha gelada e se enxugou com uma toalha felpuda e macia. O roçar da toalha nas suas partes intimas causou-lhe um arrepio por toda coluna vertebral. O calor continuava e ela realmente estava muito cansada, totalmente despida deitou-se na cama e com a sensação frigida do lençol de seda fechou os olhos. Lembrou-se novamente de Vavá e de imediato sentiu falta dos seus carinhos, dos seus afagos, da sua volúpia. Da forma com que ele quebrava sempre suas resistências, como lhe levava à loucura. Lembrou-se da primeira vez. Eram os primeiros dias de um namoro que se tornaria cada vez mais intenso, chegando mesmo, às vezes, quase às raias da loucura. Estavam em sua casa, Vavá depois de uma intensa sessão de beijos, num arroubo impetuoso, rasga-lhe a blusa e a saia, e a descobre sem qualquer roupa intima. Alucinadamente derruba-a sobre a cama e começa a beijar alucinadamente todo o seu corpo. Ela, cada vez mais presa ao tesão, aceitava aqueles beijos e suplicava para que Vavá não parasse. Mais, mais, não para, mais, mais... assim, isso, me lambe...ai que .língua gostosa, úmida, quente....que delicia Nesse momento, submergindo do túnel do tempo, ela abre os olhos e.. Surpresa grita com voz estridente: - Sai matrix, vai lamber a tua mãe. Realmente não era o dia dela....

11 comentários:

  1. Olha Miguel, até pode não ter sido o dia "dela", mas que foi muito engraçado "ler" o dia dela, isso foi!!
    E são essas chegadas e partidas que envolvem nossas vidas...
    Um dia, loucuras de amor, que parecem, no mínimo, perfeitas e ternas, eternas...
    Mas, o tempo passa, o amor traz suas intempéries e, revelados os defeitos e desassossegos, o que parecia "infinito", abraça o fim com um "tchau" sem graça...rápido, gélido.
    Que dia!!
    Um dia!!
    Outro dia!!!
    Quem sabe????
    E, "humorótico" é "ótimo"!!
    Bjãozinho. Paz e Amor!

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  2. É por isso que num crio animal algum - vai que acabo gostando da, hum, coisa? rs. Delícia de texto, Miguelito, mas eu gostei mesmo foi o nome do namorido, PQP! :-D
    Bjo, queridão!

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  3. É verdade. É erótico e tem humor...rs Eu já comecei a rir da descrição da "moça" de lábios de "botox" e não sei mais o quê...
    Que dia infernal(por causa do elemento "calor"!!) e pelo acaso que mostrou o "namorido" com outra.
    E, ainda o cachorro...
    Gostei, Miguel!!!!!!!!!!
    Beijão!
    Dora

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  4. Miguel,
    Adorei, saciei, minha gulosidade a cada linha! As paixões perdidas sempre aparecem para nos pertubar. E é difícil se administrar. As lembranças ficam rodeando a nós.E não posso deixar de comentar: pô cachorro também tem tesão,e a moça ali refestelada, é covardia com o cãozinho, né?
    Beijos alegres

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  5. Miguelitoooo querido, cheguei, ô eu aqui. Antes de mais nada, obrigada por tudo, pelo teu carinho, pelo teu apoio, por tua amizade gostosa e aconchegante.

    Gostei do texto, mas fiquei com pena do matrix, tadinho, no melhor da festa, ela vapt vupt... rsrsrs.

    Beijo querido, no coração!

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  6. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    terminei o texto às gargalhadas! chego aqui e as meninas me fazem rir ainda mais!!! Covardia! rs...
    Vc acertou em cheio, companheiro! Tá criado o termo! E com louvor!
    Beijos muitos

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  7. Genial, rsss

    Esse Matrix... só pode ter sido presente do Vavá.

    Passa Vavá!

    Miguel, parabéns pelo blog.
    Agradável leitura.

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  8. amorzinho...
    inda bem que o meu cachorrinho num se chama matrix...ainda bem, né? te amo.

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  9. Hahahaha,
    Eita Matrix. O coitado só queria agradar à dona. Gostei do seu bom humor para inventar palavras. É isso aí, a que não existe a gente inventa e vamos rir muito. Fazer rir é arte para poucos.
    Um abraço
    Jacinta

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  10. Como vc tá mais lento que eu, aproveito pra te beijar muitão, viu? rs...
    Linda semana procê, companheiro!

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  11. Sai Matrix!
    Isso não é procê, é pro Vavá, que vé ver ainda pega uma doença de tanto lamber botox!
    Abração, Miguel.

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vamos prosear ou poetar?