17.7.10

CADÊ TODO MUNDO ??????? O homem é, por natureza, um animal gregário. São poucos os homens que se dedicam ao retiro total e absoluto. A sociabilidade é inerente do ser humano. A reunião é comum a todos os seres humanos, independente da profissão, raça, cor, condição social. Até os facínoras, os bandidos e outros que tais se reúnem e se dedicam ao grupo de iguais. Eremitas não são comuns neste plano terráqueo. Eu, por minha índole, sou absolutamente social e comunicativo. Gosto de viver rodeado por pessoas, sou expansivo e brincalhão. Não sei ficar calado ou isolado do mundo. A internet, para mim, foi um precioso achado. O mundo blogueiro, então, tornou-me um participante ativo e constante. Foi nessa esfera que consegui grandes amigos. Todas as coisas que escrevi, boas ou más, eram efetivamente comentadas e esses comentários eram bálsamos a minha solidão. Olhando para trás percebi que muitos já cruzaram comigo nos caminhos da blogsfera, entre elas poderia citar Senhorita Buterfly. Loba, Dácio, Ro, Crys, Kátia, Menina de Rua, Tânia, Kátia Correa, Jacinta,Lino, Zeca, Elis,Cherry,Jota Effe Esse, Dora, Ceci, Aline Belle, Jens, Shirley,Dilberto, Eurico, Celso e mais uma centena de nomes que, por culpa da minha idade avançada, agora não me ocorrem. Diariamente, eu os visitava e eles me visitavam. Elogios, criticas, palavras carinhosas, eram trocadas e nos emocionavam bastante. Depois, os tempos foram avançando, os ânimos esfriando, e as pessoas se distanciando. Hoje, saudoso, recebo poucas e distantes visitas neste blog. Na esperança de retornar aos velhos tempos, conecto-o muitas vezes todos os dias, e nada muda. Os comentários, nossas refinadas massagens egolocalizadas já não nos aquecem como outrora. Então, numa reflexão absurda e, quem sabe, piegas me pergunto será que as coisas voltarão um dia ao esplendor de outrora? E de imediato responde, talvez, um tanto quanto cético, não. Nada será como dantes no reino de Abrantes!.

4.7.10

MEDITANDO UTILIDADE......................





MEDITANDO UTILIDADE.............




Hoje me peguei sorumbático, a meditar sobre o assunto utilidade.

O verbete de conformidade com o Aurélio é um substantivo feminino, gerado do latim “utilitate”, e quer dizer qualidade de útil, serventia, vantagem, proveito, lucro, pessoa ou coisa útil, capacidade de um bem satisfazer pessoas ou desejos humanos, utensílio.

Como pude ver, a abrangência desse substantivo é grande.

Passei, então, a tentar aplicá-lo, nas suas várias simbologias, à minha pessoa, no intuito de me distrair ou, ainda, desviar o pensamento para os motivos saudosos que teimam povoar minha mente e dar trabalho aos poucos neurônios que ainda a povoam.

Primeiro pensei, como aplicar um substantivo feminino num cabra macho e totalmente definido como heterossexual?

Impossível, conclui, e abandonei a idéia.

Tentar usá-lo qualitativamente seria também inútil.

Que qualidades úteis teria um velho caquético e quase esclerosado?

Nessas condições um individuo não tem qualquer serventia, não permite qualquer vantagem, proveito ou lucro.

Antigamente, um velho tinha de seus descendentes, todo respeito possível. Era ouvido e respeitado por toda a sua vivencia e experiência acumulada ao logo de sua existência.

Aprendi isso na minha infância e pratiquei o conhecimento durante todos a minha vida. Hoje tenho o desprazer em perceber que nem aqueles a quem eu tentei transferir esses princípios de vida o praticam como eu desejaria.

Meus descendentes diretos e suas respectivas proles nem comigo agem dessa forma. Às vezes tenho a impressão de ter sido esquecido, ou melhor, ter sido banido de suas vidas.

Se, saudoso, eu os procuro, sou recebido com carinho e afeto, porém finda o breve contato, quando de retorno ao meu habitat eles, de pronto, me recolocam no lugar devido, que é um velho e amarelado álbum de recordações, onde devo ficar até que de novo, desejoso de matar minhas saudades, volte a fazer contato e procurá-los.

Reiniciando as minhas conjecturas lembro que uma das qualificações ao verbete era “pessoa ou coisa útil, capacidade de bem satisfazer pessoas ou desejos humanos”. Estanco os pensamentos, repenso sobre o lido e abro um sorriso maroto de satisfação, enfim havia chegado à possibilidade de poder aplicar, de forma correta e satisfatória o termo utilidade.

Eu, vivendo inicio da minha sétima década tive a felicidade de ver entrar no caminho minha existência uma mulher que, ao contrario de tudo que já me havia acontecido, chegou para me acarinhar, respeitar, amar e paparicar.

Para fazer meus últimos tempos neste plano mais agradáveis, para fazer de mim um velho menos azedo.

Então, concluindo minhas divagações metafísicas, defino que “utilidade” é, nada mais nada menos, do que uma mulher chamada SONIA!