17.2.09

CRONICA DO COTIDIANO São Paulo é a cidade do meu coração, sempre que posso a ela me rendo e elogio, mas por assim ser, paulistano da gema, tenho pleno e peremptório direito de bradar minhas reprimendas que considerar necessário. Hoje, segunda-feira, ainda amortecido pelo sono da manhã, levantei-me e depois do banho e de mastigar um pedaço de bolo acompanhado de café, sai para encetar minha viagem diária de Sampa até Ferraz de Vasconcelos onde estou desempenhando minhas atividades profissionais. Já fazem mais de 30 dias que esta bronca está presa na minha garganta e hoje, não mais conseguindo retê-la, faço deste site o meio de bradar minha revolta. Temos na nossa cidade um sistema de transportes metroviário que, se não é tão extenso quanto a nossa necessidade, já está em nível de grandiosidade bastante aceitável. A integração do Metrô, com os trens da CPTM (devidamente reformados e reformulados) está ficando cada vez mais condizente com as reais necessidades da população que dela faz uso, inclusive eu. Tudo, porém, não podem ser só flores. Algumas coisas não contribuem para a excelência do serviço, e é delas que nesta crônica eu pretendo desabafar. Então vejamos: 1ª. – O Metrô que apregoa ter colocado novos trens para atender aos usuários e diminuir o espaço tempo entre as viagens. Passou a usar de um expediente que vai de encontro a todos as suas atitudes de prestação de serviços. Está, agora, informando através de seu sistema de comunicação interna nos trens que o referido não completará a viagem pré-determinada (grafia valida por enquanto). A informação que pega os usuários de surpresa tem, mais ou menos, o seguinte texto: “Senhores passageiros, para permitir uma melhor oferta de lugares na outra via, este trem só prestará serviço até a estação São Bento. Aos passageiros com destino as demais estações, solicitamos descerem e aguardarem o próximo trem”. Considerando que somos usuários e não funcionários ou dirigentes do Metrô, não temos, portanto, qualquer culpa ou responsabilidade por problemas de operacionalidade ocorridos, mas somos desalojados de uma pequena, mas real comodidade e despejados numa estação que não é a de nosso destino, devendo ali embarcar em nova composição. Alem de ocasionar atrasos aos usuários, são eles obrigados a seguirem viagem em pé, nos trens que chegam =alio chegam extremamente lotados. Acredito que um aviso informativo pelo sistema de comunicações de cada uma das estações, principalmente a estação do terminal Jabaquara, evitaria maiores transtornos aos usuários e lhes permitiria decidir a conveniência de ir naquela composição ou aguardar uma próxima. Isto seria o mínimo a ser feito em respeito ao usuário. 2º.- Sou um usuário que, por direito adquirido, tenho o bilhete especial do Metrô e, portanto, passe livre pelas catracas que estão identificadas com um losango amarelo. Nas ocasiões em que várias catracas estão em uso e, todas elas com fila, se torna muito difícil, ou melhor, quase impossível ao coitado do usuário saber em que fila se posicionar. Acredito que os gênios da comunicação visual que são mantidos no na companhia, percebendo, quem sabe, salários significativos, por não terem idade suficiente, não se deram conta desse inconveniente. Então, sugiro, quem sabe não seria interessante identificar as catracas permissíveis à passagens dos bilhetes especiais com um losango colocado, de forma evidente, na parte superior, onde de qualquer lugar da fila se pudesse identificar a catraca. 3º. – A integração gratuita (???) dos passageiros da CPTM com o Metrô e, vive-verso ao contrario, teria de ser mais humana e respeitosa. Sugiro aos dirigentes das duas companhias que, de forma alardeadora, estão periodicamente presentes nas estações para ouvir os reclamos e sugestões dos usuários que, por estarem sempre apressados para entrar em serviço, ou voltar para casa, possivelmente não possam se dar ao luxo de pararem e conversarem com tais pessoas abrissem os olhos e visse da forma como o “gado” humano e conduzido por baias até a passagem das poucas catracas que permitem esses acessos. São no mínimo 400/500 pessoas em constante onda, se espremendo para passar por três miseras catracas colocadas à disposição dessa integração. Graças a Deus, por eu estar sempre no contra-fluxo desses movimentos humanos, não tenho de passar por essa humilhação, mas sinto-a na pele, todos os dias ao me deparar com cenas tão dantescas. Por favor, senhores diretores, engenheiros ou coisa que o valha, resolvam essa situação o mais depressa possível. Pronto, ficam aqui lavrados os meus protestos. Espero que venham ser resolvidos.