CONJECTURAÇÕES
A vida é feita
De encontros e desencontros,
partidas e chegadas,
lagrimas e sorrisos,
manhãs e tardes,
noites e madrugadas.
Tapas e carinhos,
beijos e bofetadas.
Não fosse esta polaridade,
onde se encaixaria a verdade?
Que por ser quieta e serena
está permeada por extremos,
que juntos, nos dão vida plena.
30.5.08
29.5.08
Gentes, espremi a cuca, rasguei o léxico e consegui rabiscar mais um insignificante poeminha. Uma hora eu aprendo e vou escrever algo que preste.
POEMA INACABADO
A presença da tua ausência
me faz mal, me maltrata.
Não sentir você,
não ter seu calor,
não te-la nos braços a rodopiar.
Não sentir meus lábios
teus lábios beijar.
Não sentir teu peito
junto ao meu arfar.
Me escancara o vazio,
me faz procurar
e não encontrar mais rimas
para o poema acabar.....
Então,
como nosso caso de amor,
morto antes da aurora.
Fecho os olhos, quebro a pena,
rasgo a folha
E vou embora!
27.5.08
Este rabisco também é um tanto antigo, como também o é seu rabiscador, mas por ser sincero e cativante, volto a reedita-lo.
ULTIMO POEMA
Assim eu queria o meu último poema.
Que fosse terno,
dizendo as coisas mais simples e menos intencionais.
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas.
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume.
Que tivesse a pureza das chamas,
que temperam os diamantes mais límpidos.
Que tivesse a paixão dos suicidas,
que se matam sem explicação.
26.5.08
26 de Maio
Hoje eu colho mais um fruto maduro da arvore da minha existência.
Embora saiba que a produção desses frutos esta, cada vez mais , rareando, não consigo prestar muita atenção na sua recolha.
Na verdade, tenho os olhos voltados para os novos ramos que por ventura surgiram na arvore buscando, com atenção redobrada, a certeza de que novos frutos possam vir a madurar e que eu os possa colher com, cada vez mais, cuidados especiais, por saber que serão únicos e derradeiros.
Quero amar cada vez mais até morrer pois sei que amar é viver e,viver é isso, ter a certeza de um dia morrer!
20.5.08
Nestes tempos de desinspiração o recurso, para não deixar o blog abandonado, é me fazer valer de textos e mensagens recebidas de amigos.
Na falta delas, o ultimo recurso é reeditar antigos rabiscos.
Assim sendo reedito, hoje, um rabisco de muito tempo atrás mas que continua a receber minhas predileções:
CONCEPÇÃO
Corpos nus,
respiros cheios
de RRs e UUs.
Corpos molhados
de suor e pus.
Pus que não é pus.
Virilidade, natureza,
amor, calor,
maturidade, pureza.
Claridade de desejos,
escuridão de mentes .
Cobertas espalhadas,
cabelos emaranhados,
gemidos animalescos,
pudores libertados,
biologia,
sexologia,
tara, paixão,
embriagues, ilusão,
frenesi, exaltação.
Nesse quadro tão nojento,
ignóbil até,
surge milagrosamente,
cheia de pujança,
p'ra pecar no mundo
mais uma criança...
19.5.08
Hoje recebi uma mensagem do meu amigo Munhoz e, abusando do meu direito de amigo/irmão, resolvi publicar esta mensagem no blog e não nos comentários como me havia sido solicitado.
Leiam e me digam se não agi certo:
Caro iguel Cha as
Se for pertinente, gostaria que acrescentasse este co entário ao seu blog, posto que nao consigo fazê-lo.
Abraços do a igo
jc
Criticas aos textos e a tecla perdida.
Falar dos teus textos é raro exercício de satisfação e prazer inolvidável.
Se pouco falo deles, não considere desleixo ou reporvas, apenas reverencio-os e os considero tão elevados que qualquer palavra que por ventura eu lançar soará estéril, inútil, desnecessária. Faço-o tão pouco, entretanto sabes que o apreço é tão elevado que as 26 letras do alfabeto, (25 no notebook que ora te escrevo), são insuficientes para dar conta de tão elevada e prazeirosa tarefa.
Registre as infidáveis e elogiosas criticas, tenha neste escrevinhador seguidor 1 constante e indestrutível fã.
Custas tão caro, Caro Fratello, que tive que lançar de todos os artifícios possíveis para voltar à ativa e falar de ti e dos teus textos . A derradeira ode que a ti fiz exauriu tanto o estoque inspirador de sonhos e idéias quanto gastou e tornou inútil a tecla tão usada.
Foi-se o notebook. Fosse 1 teclado externo acoplado ao equipamento convencional a perda não seria significante, todavia utilizei o notebook e o excesso de uso da letra, o excesso de enters e a sua repetição quase que ao infinito, levou-a, repito, à total inutilidade. Onde pude substituí-la, o fiz, quando não pude fazê-lo, deixei 1 vazio significativo.
Não obstante esta pequena e breve perda, (que pretendo tão logo possa reparar, é só sobrar uns poucos e sonhados reais ) volto à ativa com o coração engrandecido apenas para re enfatizar, perdoe pela repetição e redundância, o apreço, o respeito, o carinho para essa figura “ 100 par ” ( já que não posso escrever a outra palavra ) que há + de quarenta anos sigo e reverencio.
Utilizei todos os “ 1 / 2s “ possíveis para não deixar passar a oportunidade e finalizo pedido ao Senhor Deus que conserve por anos e anos esta grandiosa e insubstituivel figura..
Perdoe os arranjos e artifícios; releve os entusiásticos arroubos de apreço e respeito, continue a nos presentear.
Teus versos e tuas prosas são indispensáveis neste período de tantos desencantos e tantos desencontros.
Navarro
15.5.08
Só por ter criado um blog para ele e ter promovido esse blog através deste cantinho de rabiscos, fui premiado com um texto de grande complexidade e carinho feito pelo meu irmão José Carlos Munhoz Navarro.
Assim edito neste espaço o referido texto;
Magnífico moço de maio.
Miguel,
Manuseando manuscritos muitos meses mantidos, minha mente mesmo mediana, mas magistralmente motivada, mesclou, em modesta montagem múltiplas mensagens, mirando mais meu modelo de mano e mestre, ou melhor de mestre e mano.
“Metamorfoseastes marujos em ministros; menestréis em monarcas; mendigos em mestres; miseráveis em manás, e muito mais, montou microscópico mapa da mina e melhor, mostrando, mágico e moderno, massudo e maneiro, madrigalista, mancebo do mundo e matraqueador menino de maio.
Mito e marca maior de muitas mulheres, madames, matriarcas, madonas ou megeras, moçoilas ou maduras, mantivestes-te maravilhosamente melífluo, monitorando milhões e, másculo e monopolizador, manifesta-te em manufatura maestra de mentes, massas e mundos.
Mensurar Mmmms e matraquear melodias, murmurar macarrônicas modinhas, misturar motes e machucar Machadianas memórias não ( mmmm, misero e maneiro monossílabo mantido à mão) mitigam medo, minimizam misérias, maquiam maquiavélicas missões, mas mostram mera mensagem do metido a maioral, mas menor, meio míope, ( ou míope e meio), matusquela, mequetrefe e ( misericórdia ) marinheiro de muitos maremotos.
Munhoz
13.5.08
RECOMENDAÇÃO
Gentes, tenho um irmão de letras e rabiscos que, depois de muita insistência da minha parte e de ver concretizado um blog só dele (que eu deliberadamente fiz), resolveu editar textos que considero de extremo bom gosto, às vezes românticos e outras vezes com um humor sarcástico e competente.
É assim, com esta veia humoristica que ele estreia.
Recomendo a todos a leitura deste amigo/irmão. O endereço para acessar o blog é: www.jocamuna.blogspot.com ou se preferirem, utilizem o link deste Prosa e Verso.
10.5.08
HOMENAGEM ÀS MÃES
Em homenagem à minha mãe, nos anos 60 eu fiz o poema que estou editando nesta oportunidade. Não é inédito mas minha mãe tambem não era e até hoje, mesmo jã não estando deste lado, continua sendo minha mãe. Então, bença mãe, bença mães...
Deste mundo o que seria ?
Mãe que é mãe,
é a mãe que a gente tem.
Sorriso nos lábios,
olhar de ternura,
fortuna maior do rico e do pobre.
Se contássemos fio por fio
de seus cabelos,
veríamos o branco do cansaço
causado por nossas travessuras.
E ouviríamos, ainda,
os pitos e avisos
"menino, venha p'ra cá..."
"não faça isso moleque..."
"Olha que te dou uma surra..."
Ah mamãe.....
por mais que você ralhasse
por mais que você gritasse
e quisesse parecer brava,
eu te juro, nunca vi
nunca mesmo consegui;
ver raiva ou ódio em tua face.
Via somente mãezinha,
amor, bondade, harmonia,
sonhos de doce poesia
disfarçados em caretas.
Careta p'ra quando eu
chegava em casa rasgado,
careta p'ra quando sujo,
eu chegava bem cansado.
E aí, mamãe você dizia :
"Toma jeito ou apanhas,
te dou uma surra moleque
que nunca mais te assanhas..."
E você batia...
e eu... eu chorava,
chorava de dor doída.
mas ao ver que você
também chorava mamãe,
eu calava e...sorria
só p'ra não te ver sofrer
de remorso, de agonia.
As vezes fico pensando,
se neste mundo não houvesse
alguém que nos amasse,
alguém que por nós olhasse,
alguém que nos ensinasse,
alguém que nos acalentasse,
batesse, ralhasse, brincasse,
ouvisse, beijasse....
Se a mãe da gente não fosse
como a Santa Virgem Maria...
e então pergunto, senhores
Deste mundo o que seria ?
Este mundo existiria ?
6.5.08
Nestes tempos de predominancia da informatica e da internet, o poeta tem que se adaptar e continuar rabiscando.
É o que venho fazendo, muito mal, já faz um tempinho, como prova este poeminha que rabisquei um dia:
DESEJO
Olhei para dentro de mim.
Percebi toda a angustia,
toda a ansiedade,
toda a necessidade
que eu tenho
de saber quem você é.
Quero fechar os olhos é
poder ver sua real imagem,
branca, negra, amarela.
Quero poder beija-la
sem ter que beijar uma tela
fria de um monitor.
Quero poder abraça-la
sem ter que enlaçar uma idéia.
Quero sentir o teu cheiro,
quero deitar no teu seio
quero morrer de tesão
ouvindo o bater do teu coração.
Quero gozar de uma noite
sem precisar acordar e
correr ao computador
só para te encontrar,
e depois, insatisfeito,
chorar, chorar, chorar.
3.5.08
Hoje, depois de muitos dias chuvosos, onde a melancolia chega e se abanca no coração da gente, o sol apareceu, mas ainda um tanto surumbático, ouvi uma musica de Antonio Maria e resolvi editar sua letra que, para mim, é um grande poema. Então, lá vai:
Se eu morresse amanhã de manhã
(Antônio Maria)
De que serve viver tantos anos sem amor
Se viver é juntar desenganos de amor
Se eu morresse amanhã de manhã
Não faria falta a ninguém
Eu seria um enterro qualquer
Sem saudade, sem luto também
Ninguém telefona, ninguém
Ninguém me procura, ninguém
Eu grito e um eco responde: "ninguém!"
Se eu morresse amanhã de manhã
Minha falta ninguém sentiria
Do que eu fui, do que eu fiz
Ninguém se lembraria
1.5.08
Este rabisco não é tão recente, mas eu gosto dele, então resolvi reedita-lo:
DEVANEIO
Com carinho
imagino você
sem véus,
sem tabus,
sem tapumes
ou biombos
de bambus.
Visualizo
teu corpo
em sono lascivo
e sensual.
Tua pele macia
aveludada
liberando
por todos os poros
o perfume do
desejo.
Minhas mãos
tremem
só de imaginar
em acariciar.
em percorrer todas
as curvas
insinuantes
de tal escultura.
Meus lábios
ressequidos de
sede e desejo.
buscam chegar
aos teus lábios, para,
em frenética loucura
serem umedecidos
e saciados.
Então,
abro os olhos
e a realidade
volta com
impetuosa
aspereza.
E, resignado
retorno à aridez
do meu cotidiano...
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